Hemoglobin A1c

06/09/2020


A glicemia* (do grego γλεκος, mosto, por extensão doce) significa a concentração de glicose no sangue, ou mais precisamente no plasma.

A maioria dos monossacarídeos no sangue se liga espontaneamente à hemoglobina (Hb), ou seja, sem mediação enzimática. A formação dessa ligação indica excesso de carboidratos no sangue e a A1C recebe mais atenção por ser mais fácil de detectar.

O processo de ligação dos monossacarídeos à hemoglobina no sangue sem intermediação enzimática é chamado de glicação; já a glicosilação é o acréscimo enzimático de carboidratos a sítios específicos de proteínas e lipídios, e este processo é intracelular — ocorre no retículo endoplasmático ou no aparelho de Golgi.

A dosagem da HbA1c é a medida do componente frutosil beta-N-1-desoxi da hemoglobina. Sua nomenclatura deriva da técnica utilizada para a mensuração, a cromatografia de troca iônica.

Os termos glycated hemoglobina, HbA1c, hemoglobin A1c, A1c ou menos frequentemente HbA1c, HgbA1c, Hb1c, etc. costumam ser todos traduzidos como hemoglobina glicada ou hemoglobina glicosilada, também usando o acrônimo HbA1c.

Deve-se dar preferência ao uso de hemoglobina glicada por refletir o processo correto — ou seja, a ligação não enzimática. O termo glicosilada é mais antigo, quando ainda não estavam claros os processos envolvidos. O acrônimo usado em português é HbA1c.

*O sufixo -emia indica no sangue: bacteremia = bactéria no sangue, viremia = vírus no sangue; parasitemia = parasita no sangue; e a antiga septicemia atual sepse (gr. σήψη, (sepsis) putrefação) = infecção no sangue, etc.