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07/01/2020


Contexto: diabetes mellitus

O diabetes mellitus pode evoluir para insuficiência renal (renal failure); nestes casos, o parâmetro laboratorial que costuma ser utilizado para monitorar a doença, a saber, a dosagem sérica da hemoglobina glicada (HBA1c ou A1c), perde a fidedignidade pela diminuição do tempo de vida dos eritrócitos.

Recentemente, foi criada uma técnica de dosagem da glicose no líquido intersticial chamada de monitoramento contínuo da glicose ou MCG (continuous glucose monitoring — CGM). 

Por meio desta técnica, o parâmetro avaliado é o "tempo no alvo", ou seja, durante quanto tempo os níveis de glicose no líquido intersticial permanecem controlados.

Nos casos de insuficiência renal com indicação de diálise ou transplante, esse é o exame de escolha para monitorar o controle da glicose.

Terminologia: é importante lembrar que glicemia é a glicose no sangue (o sufixo -emia significa "no sangue"), logo ao traduzir a dosagem da glicose no líquido intersticial feita por este método não é correto usar o termo glicemia.