Optimal use

22/11/2020


A adjetivação é um dos elementos que dá o sabor e as características próprias ao texto, é a sua alma; considerados modalizadores, os adjetivos imprimem a qualificação do que se fala ou escreve

É preciso escolher a dedo.

Quando excessiva ou mal empregrada, a adjetivação compromete a qualidade do texto e evidencia o despreparo de quem escreve. 

Quando feita com sobriedade, pertinência e sensibilidade, contribui para a eficiência interlocutiva do texto.

O uso dos superlativos deve ser feito com parcimônia na ciência.

Lembrando que os superlativos podem ser absolutos ou relativos, os primeiros analíticos e sintéticos e os segundos de superioridade e de inferioridade. 

  • superlativo absoluto analítico: expresso por meio de advérbios antepostos ao adjetivo (muito, extremamente, excepcionalmente, etc.).
  • superlativo absoluto sintético tem uma forma erudita, de origem latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é composta pelo radical latino do adjetivo + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. A forma popular é composta pelo radical português do adjetivo + o sufixo -íssimo.

Ótimo é o grau superlativo absoluto de bom, cujo antônimo é péssimo, enquanto ideal é um adjetivo (ou substantivo masculino) cujo antônimo é falho ou inadequado.

Nos textos médicos optimal use normalmente diz respeito a um medicamento e não deve ser traduzido como "uso ótimo". Por que? Porque você não diria "uso péssimo", diria? Ao introduzir "uso ótimo" no idioma se faz um decalque da língua inglesa.

Em português você diria uso ideal (ou uso falho, imperfeito, incompleto, etc.)

Quando você estiver na dúvida sobre a pertinência do uso de um adjetivo, tente trocar pelo seu antônimo na mesma situação e veja se é cabível

Se o antônimo não for aplicável, é melhor escolher outro adjetivo. 

Com vagar.