Passive immunization

13/08/2020


As pessoas podem adquirir imunidade a uma doença específica de várias maneiras.

Em alguns casos, como no sarampo ou na varicela, ao ter a doença a pessoa adquire imunidade por toda a vida.

A vacinação é outra forma de se tornar imune a uma doença.

Essas duas formas de adquirir imunidade, tendo a doença ou através da vacinação, são exemplos da imunidade ativa.

A imunidade ativa ocorre quando o sistema imunitário se depara com um antígeno e monta uma resposta imunitária eficaz, eliminando o antígeno e debelando a doença provocada por ele. Se a pessoa encontrar esse antígeno novamente, suas células imunológicas de memória já estarão preparadas para combatê-lo.

Um tipo diferente de imunidade, chamado imunidade passiva, ocorre quando uma pessoa recebe os anticorpos de outro organismo. Quando esses anticorpos são introduzidos no corpo da pessoa, os anticorpos "emprestados" ajudam a prevenir ou combater algumas doenças infecciosas. 

A proteção oferecida pela imunização passiva é de curta duração, geralmente apenas semanas ou meses. Mas confere proteção imediata.

A imunidade passiva pode ser induzida ao administrar anticorpos para uma pessoa não imune. Esses anticorpos podem ser provenientes de derivados sanguíneos purificados de pessoas imunes ou de animais imunes, como cavalos, ovelhas e coelhos.

A imunização passiva é utilizada para prevenir e tratar várias doenças, como raiva, difteria, hepatite B, tétano, etc., com bastante sucesso.

A imunidade passiva artificial pode ser adquirida de três formas principais: 

  • imunoglobulina humana combinada
  • imunoglobulina humana hiperimune
  • soro heterólogo


A hemotransfusão é uma outra forma de aquisição de imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de hemoderivados (sangue total, plasma, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, etc.) contêm anticorpos. 

Atualmente a imunização passiva está sendo estudada para o tratamento da doença pelo SARS-CoV-2, ou covid-19. Até hoje os testes eram feitos com anticorpos de pacientes recuperados da doença.

Em 12 de agosto de 2020, o Instituto Vital Brazil registrou a patente do soro anti-SARS-CoV-2 produzido a partir de plasma de equinos. Este é o primeiro soro hiperimune heterólogo de equinos produzido no mundo e os resultados dos testes até agora têm se revelado muito promissores.