Novel Oral Anticoagulants: NOAC, DOAC, or TSOAC

25/08/2020


O primeiro medicamento do que seriam os "novos anticoagulantes orais" - em oposição à varfarina oral e às heparinas injetáveis - chegou ao mercado norte-americano em 2010.

Mas está sendo difícil determinar uma nomenclatura adequada para esta classe.

A primeira usada foi denominada NOAC, acrônimo de Novel Oral Anticoagulant.  Só que agora, dez anos depois e já com cinco medicamentos dessa classe aprovados, esta nomenclatura foi questionada pelas sociedades internacionais, não há mais nada de novo.

A expressão Novel Oral Anticoagulant foi usada de 2010 a 2016; mas nessa altura já tinham sido aprovados mais dois medicamentos da classe. Neste momento as diretrizes de 2016 da Chest decidiram que o "N" de NOAC não deveria mais significar "novos", mas sim "Non-vitamin K" (a varfarina, único anticoagulante oral anterior aos NOAC, é antagonista da vitamina K)

Assim, manteve-se o acrônimo NOAC com um novo significado.

Mas os críticos disseram que NOAC poderia ser confundido "NO AntiCoagulants", erro perigoso, posto que potencialmente fatal.

Ainda em 2015 tinha sido proposto o acrônimo DOAC, Direct Oral Anticoagulant, refletindo o mecanismo de ação da classe famarcológica e foi o termo escolhido pela International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH) após a realização de uma pequena enquete com os 77 membros do seu Conselho.

Na enquete da ISTH foram ainda propostos TSOAC (Target-Specific Oral Anticoagulant), ODI (Oral Direct Inhibitor) e SODA (Specific Oral Direct Anticoagulant) que, embora descritos na literatura, não receberam muitos votos na enquete e os especialistas acreditam que não serão adotados.

Então, poderemos encontrar qualquer um desses termos nos originais. 

Sugiro traduzir o significado (p. ex. "anticoagulante de ação direta"), mas manter a(s) sigla(s) em inglês, já que eles não se entendem.

Vale lembrar que em português sigla não sofre concordância de gênero, número ou grau.